segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Afrodite


A carne pulsa no tormento do corpo, transforma-se em tempestade e molha o desejo atordoado, a carne impetuosa o leva para o caminho torto, por detrás da pele o afeto insípido provoca a catarse mórfica. O vinho de Baco nas mãos de Afrodite arrosta a esfinge desolada. O desejo melindroso escorre pelo suor do casal pleiteado e encharca de mel a nudez escancarada.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

EDIFICO



Entre equações e fórmulas me descubro em palavras , e me edifico em certezas . A lógica me pondera e contorna o liquido transbordado, as possibilidades se multiplicam e se revelam como arrimo, a nudez imponente agora se esconde por debaixo de um diagrama de cobertura, as paredes se perderam no silencio, protegem-me de grandes olhos e me faço um canteiro de obras , para que possa voltar a habitar em mim. Nos desenhos reconheço o traço, e imprimo a marca de uma imagem sobreposta, que tampona a falha de outrora.