segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pater


Pai e filho arrastam pelos caminhos turvos a mágoa de não sabê-los, o perdão lacrado nas bocas em silêncio, almas perdidas, corpos também. Entre dedos que condenam e gestos que não se firmam, o desencontro perdura em novas feridas, e no ápice da noite em meio a busca errônea do nirvana , pai e filho se encontram, e no enlace dos olhares, no desabrochar de uma orquídea, o pai abriga o filho e o filho nasce no pai.