sexta-feira, 16 de julho de 2010

Rasgos de uma carta de amor.

"Eu conheço a dor insuportável que se sente ao perder alguém, mas não alguém que foi embora e não se sabe quando voltará, mas alguém que continua onde sempre esteve, em pé, parado, no mesmo lugar, alguém que se amou tanto que não se consegue apagar, e que pemanece ali do lado, como um móvel velho e pesado no meio da sala, onde insisto em tropeçar(...)"

"(...) a cada dia morro um pouco mais tentando te matar em mim."

"Apaguei todos os números da agenda,queimei fotos, rasquei cartas trocadas e, tudo parece rir da minha ingenuidade, as lembranças, não as faço calar, o esforço para esquecer, só não é maior que o desejo de lembrar."

"(...) tenho minunciosamente planejado os desencontros, sem me ater que é assim que te encontro. Encontro-te no vinho bebido, no perfume inalado,na cama desarrumada, na mania detestável,encontro-te a onde me falta, no beijo roubado, no amor negado."

"Preciso fazer as pazes com que vivi, enterrar o rancor para ressuscitar a vontade de amar novamente.Tenho saudade da sua pele, do desenho das suas costas,do teu cheiro,da minha pele na tua, do meu cheiro no teu.
Tenho saudade de acreditar na felicidade,de gozar da simplicidade e de me embriagar de você."

"Nosso amor foi uma rosa pisoteada, que sobraram apenas espinhos, meu dedo sangra, meu coração sangra. Sigo te odiando, finjindo não saber que foi a forma que encontrei de lhe dizer que ainda te amo"

"Carta encontrada em uma garrafa no Rio Grande, data e origem desconhecida."

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