segunda-feira, 12 de julho de 2010

TANGO


Tenho me sentindo embriagada, á margem de um rio, a escutar uma canção que parece não ter fim, tenho dançado tango com as miragens que me assombram, arrancadas dos sonhos interrompidos. Tenho zombado, com passos desajeitados, das tragédias amorosas. E canto os amores que findaram, a culpa encarnada, o olhar que se desvia, o olhar que mente e na mentira revela sua verdade. Tenho dançado a tristeza do pensamento. Tenho desejado nuevos e Buenos Aires para encontrar o compasso perdido na melodia desencontrada do amor.

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